OLIBULLS: janeiro 2015

A RAÇA BULL TERRIER CLAMA POR UM POUCO DE BOM SENSO E RESPONSABILIDADE

A cabeça de um Bull Terrier é de suma e fundamental importância para a raça, já que esta é a principal característica que difere os Bull Terriers das demais raças caninas! Portanto, tem sido cada vez mais preocupante como muitos admiradores, proprietários e criadores têm interpretado o padrão oficial dessa raça tão única e especial! Constatamos isto ao ver diversos criadores buscando e enaltecendo os mais absurdos perfis de cabeça, que mais parecem ovelhas do que Bull Terriers, não sabemos se por simples desconhecimento ou por leviana estratégia comercial que lhes propiciem e facilitem mais vendas inventando que tal característica represente o padrão correto! Não podemos deixar de ressaltar alguns admiradores da raça exaltando tipos para lá de duvidosos e possíveis compradores / clientes em busca de filhotes fora do padrão, achando que a maior curvatura corresponde ao melhor exemplar!

Sem hesitação, podemos afirmar que muito disto, está ligado ao completo desconhecimento do padrão da raça e a diversas " influências " que os ludibriam da mais pura verdade, por motivos que não convenhamos aqui dizer. Isto, porquê não comentamos as " barganhas " de preço, onde muitos interessados dizem ou " fingem " não saber o motivo da dissipariedade de valores pedidos entre criadores; e registre-se que não precisa ser nenhum " expert " para diferenciarmos a qualidade entre o exemplar que custa X e o exemplar que custa Y ou o significado entre criador e cachorreiro! Outro dia, fiquei perplexo ao ler um email de um outrora interessado, em dizer que achava muito bonitas as cabeças de determinados exemplares que são referências mundiais para a raça, mas, que preferia os perfis de " ovelha "... Reconheça-se: esses perfis de cabeça jamais podem ser ressaltados como exemplos de padrão!

Ora, na Inglaterra, país de origem da raça, possivelmente infinitamente mais do que no Brasil, a raça Bull Terrier é assunto de interesse de muitos adeptos. Não é por menos, que é neste continente, que existe o " The Bull Terrier Club " , o clube da raça mais antigo e respeitado do mundo, entidade esta que promove palestras, reuniões, estudos, artigos e exposições, das quais os famosos " Trophies ", a exposição mais renomada e prestigiada do calendário mundial da raça.

Aproximadamente no ano de 1.800, quando a briga entre touros, ursos, leões e cães ( estes na maioria das vezes com predomínio do Bulldogue Inglês, porém este completamente diferente dos que vimos nos dias atuais ) era moda na Inglaterra e a burguesia apostava honerosa quantia financeira nessa atividade, havia um motivo de criar uma nova raça, motivo este que estava na essência em manter a força da mandíbula porém com num cão com agilidade e qualidade, de forma a tornar o espetáculo menos entediante e mais atrativo, daí foi realizado o cruzamento entre o Bulldogue e o Old English White Terrier, que segundo relatos deram origem aos primeiros exemplares da raça. Até que no ano de 1.862 quando um criador da cidade de Birmingham chamado James Hinks, apresentou na exposição de Londres (Cremone Dog Show) a sua cadela "Puss" fruto do cruzamento do "Bull and Terrier" com " Old White English Terrier".

Para ganhar um pouco de elegância e estética, ele tinha introduzido na linha de sangue o “Dálmata”. Alguns anos mais tarde, depois da intervenção de outras raças como o "Greyhound", o "Foxhound" e o "Spanish Pointer", Hinks criou uma nova raça a que chamou "Bull Terrier" que foi conquistando diversos adeptos ao longo do mundo. Dito isso cabe ressaltar que a essência da criação da raça foi na busca pela agilidade canina em complemento à força da mandíbula, sendo assim, como muitos podem ter a petulância de fugir da essência da mesma ao " trair " a origem e o padrão da raça em detrimento à irresponsabilidade de afirmar que quanto mais curva tem uma cabeça, mais próxima à perfeição esta pode estar??? Ora, meus caros, qualquer ser humano que se preze a fazer uma simples análise, verificará que dependendo do quanto perfilada for uma cabeça, mais probalidade esta terá, de desenvolver uma mandíbula fraca e sem a força necessária que mantenha a essência da raça. Sendo assim, convido muitos a se questionarem sobre o " porquê " dessa " febre desenfreada " na busca por " ovelhas "... Será que há algum interesse obscuro em iludir os simpatizantes, admiradores e possíveis futuros proprietários da raça? A criação de cães é meio de sustento para muitos criadores há algum tempo, até aí nada anormal, desde que haja responsabilidade e preservação das características essenciais e aperfeiçoamento da raça por parte dos criadores, e não irresponsabilidade e leviandade por parte de cachorreiros e demais em fomentar valores completamente impraticáveis mesmo para uma simples e miníma qualidade de manutenção do plantel ou na invenção de " tipos " para movimentar dezenas de " mil " reais por ano gerando diversos exemplares que não condizem com a origem e com boa parte do padrão oficial da raça.

Portanto, não é correto assistirmos de braços cruzados a uma crise que pode ser letal; não se trata aqui de gostar ou não de um " tipo " ou de outro, de preferir um ou outro criador, mas de reconhecer e preservar a origem e o padrão oficial desta raça. Neste sentido, resta a conscientização por parte de simpatizantes, amantes e criadores da raça numa análise e estudo criterioso sobre o que deve ser aperfeiçoado e mantido nesta raça tão especial!

Afinal, temos muitos grupos virtuais em redes sociais, proprietários, criadores e simpatizantes da raça, que dia após dia, emitem opiniões, certas vezes, irresponsáveis a respeito do certo ou errado. Longe de mim, querer ser a voz única da razão, mas todo criador deve saber que de certa forma, é um formador de opinião para sua raça e que isto o obriga a praticar atividades, gestos e opiniões responsáveis para o bom e saudável desenvolvimento da raça que cria ao longo das futuras gerações.

Há quem prefere alegar que a interpretação do padrão é de cada um e, supostamente, todos têm o direito de buscar o seu tipo. São, com certeza, argumentos justos, desde que, estes " tipos " estejam todos de acordo ou em grande parte com o padrão oficial.

Todavia, é preciso que adotemos medidas o quanto antes. Devemos encontrar o caminho para o equilíbrio entre o certo, o tolerável e o errado, além da rapidez necessária para agir. Isto não pode atrasar. A raça tem pressa...

João Hypolito

Ice Court Bull Terriers

Membro efetivo do " The Bull Terrier Club "

Com a finalidade de obter tudo o que se pode desejar de um cão de guarda, criadores britânicos decidiram somar aos dotes do Mastiff algumas características de outras raças de grande porte. A nova raça, obtida provavelmente do cruzamento do Mastiff com o Bulldog, foi reconhecida oficialmente em 1924. O Bullmastiff é um excelente cão de guarda, apreciado em todo o mundo. Ao mesmo tempo, é uma raça muito dócil com os famliares e com as crianças, demonstra fidelidade e equilíbrio. O temperamento do Bullmastiff é uma mistura de alegria, seriedade, atividade, resistência e vigilância.

O focinho do Bullmastiff é curto, a mandíbula é larga, com mordedura preferencialmente em torquês. No entanto, é admitido um leve prognatismo inferior. Os olhos são escuros, ou avelã, de tamanho médio. A pelagem da raça Bullmastiff é curta e dura, bem assentada ao corpo. A raça apresenta uma típica máscara preta, assim como tons mais escuros próximos aos olhos, que são contornados de preto. Qualquer tonalidade de tigrado, fulvo ou vermelho é admitida para a raça.

A altura dos cães da raça Bullmastiff varia de 63,5 a 68,5 cm para os machos, e entre 61 e 66 cm para as fêmeas, medidos sempre a altura da cernelha. O peso da raça Bullmastiff varia de 50 a 59 kg para os machos, enquanto as fêmeas tem peso entre 41 e 50 kg.